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Casa de Memória

A Rede Fitovida surgiu pela necessidade dos grupos juntarem forças para manter vivo o conhecimento tradicional associado às plantas medicinais. Neste processo de organização popular percebemos a falta de políticas públicas que respeitassem os saberes e fazeres da cultura popular como conhecimentos fundamentados no fazer cotidiano e na preservação da biodiversidade. Em busca deste reconhecimento que chegamos ao processo da fase preliminar do Inventário junto ao IPHAN. Este fato nos mobilizou a participar ativamente na identificação das referências culturais locais e de vários bens culturais (chás, xaropes, pomadas, garrafadas, sabão…).

 

 

 

 

 

A partir daí a Rede definiu como objetivo estimular ações de preservação para garantir aos grupos o direito ao uso das plantas medicinais. Então surgiu à necessidade de um espaço físico onde pudesse ser guardado todo o acervo dos grupos adquiridos nesses anos de caminhada, além de disponibilizar essas informações como forma de transmissão desses saberes a outras pessoas, mas principalmente aos mais jovens. Dessa forma veio ao nosso encontro o Edital para Pontos de Cultura no estado do Rio de Janeiro ao qual inscrevemos nosso projeto concorrendo com vários outros e ganhamos. Assim nasceu o Ponto de Cultura Casa de Memória da Rede Fitovida através da assinatura de um convênio numa parceira do Governo Federal através do Ministério da Cultura e do Governo do Estado do Rio de Janeiro através da Secretaria Estadual de Cultura. Este Espaço onde o conhecimento tradicional associado às plantas medicinais das referências culturais articuladas a Rede Fitovida será divulgado, registrado, praticado, valorizado e assim preservado e transmitido como Patrimônio Cultural Imaterial de uma forma viva e dinâmica.

 

 

 

 

No ano de 2010 começamos a implementar a Casa de Memória, organizando seu espaço físico, e paralelamente fizemos oficinas de Audiovisual, Argila, Arte em Papel, Garrafada entre outras, internas e externas nas regiões para aprofundar a memória, a cultura popular, o conhecimento das plantas medicinais e suas referências culturais.O Ponto de Cultura Casa de Memória da Rede Fitovida está funcionando para atender a comunidade e aos grupos da Rede Fitovida. Venha você também conhecer este Espaço e desfrutar destes conhecimentos tão importante para a nossa cultura. O Ponto de Cultura Casa de Memória da Rede Fitovida está sendo organizado e implementado para atender a comunidade e aos grupos da Rede Fitovida.

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Nossas Vozes - O que desejamos com a Casa de Memória

"Possibilitar o acesso às informações; Resgatar a nossa identidade;  Levar os grupos a se identificarem mais com as falas das raízes;     Sabores e as praticas vivenciadas pelos grupos;   Lembrar as tradições e guardá-las para as próximas gerações, isto é, todos os nossos conhecimentos culturais e tradicionais, o que vivemos e praticamos não deixar morrer a sabedoria popular;      Registrar nossos conhecimentos, levando para arquivar nossa cultura, memória além de praticar e divulgar, não reter os conhecimentos, não ter preconceito em relação às tradições para que no futuro outras pessoas revivam essa cultura;     Os saberes populares – a arte e a técnica de fazer remédios caseiros, as receitas, as músicas, as benzedeiras, a forma de ensinar, horta medicinal (para que as pessoas possam reconhecer e identificar cada espécie), gente jovem e menos jovem para um intercâmbio do saber, gravação de depoimentos, etc.;   Educar a nova geração sobre a cultura do uso tradicional das plantas, resgatando as memórias esquecidas no percurso dos anos, preservando a história dos povos, com depoimentos, rezas das benzedeiras, parteiras e rezadeiras; “A gente aprendeu com os antigos e com Deus, a gente aprendeu com a necessidade, meu avô foi escravo. A gente aprendeu das pessoas mais humildes, quando eu ia ganhar neném ficava sozinha, me lembrava do que minha mãe fazia .”

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